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ELÁS BRUXAS

Exposição de Posters 3D e Realidade Aumentada

Arte+Tecnologia+História

Por Deise. - Taguspark

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Até 11 de maio, vai estar patente, no IST campus Taguspark, a exposição ELÁS BRUXAS, composta por onze peças artísticas com um tema em destaque: mulheres revolucionárias que marcaram a sua época e deixaram um grande legado para a humanidade. A exposição conjunta de Rodrigo Romera e Fernanda Victorello foi inaugurada no âmbito da celebração do Dia Internacional das Raparigas nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), com vista ao empoderamento e incentivo à participação feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM – Science, Technology, Engineering and Mathematics)
Marie Curie, cientista que conduziu pesquisas pioneiras sobre a radioatividade; Katherine Johnson, cientista com importantes contributos na aeronáutica e exploração espacial dos Estados Unidos; Ada Lovelace, cientista na área de matemática que ficou conhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, são alguns nomes e rostos que os artistas Rodrigo Romera e Fernanda Victorello trazem na coletânea de pinturas  artísticas ELÁS BRUXAS.
Apesar da interpretação da arte ser um elemento subjetivo, da parte dos autores, a motivação e a mensagem que querem passar são bastante objetivas: a mulher tem capacidades para estar e contribuir nas áreas do STEM.
“Queremos transmitir a ideia, especialmente para as raparigas que são em números menos representativos nestas áreas, que elas devem continuar a perseguir aquilo em que elas acreditam, assim como todas as que estão nesta exposição fizeram. Elas tornaram-se grandes nomes naquilo que fizeram porque persistiram”, ressalta Fernanda Victorello.
Associada a esta mensagem, está também a questão da liberdade ligada à revolução dos cravos: “A maioria das obras tem um cravo junto. É uma mensagem subliminar, porque tem a questão da liberdade que é fundamental e, ao mesmo tempo, a liberdade também está associada à diversidade”, acrescenta Rodrigo Romera.
Para compor as obras, os artistas, ambos de nacionalidade brasileira, recorreram a variadas técnicas, que vão desde grafite, canetas, ilustração digital, gravura digital e técnicas analógicas com grafite. A mescla de elementos também está no nome bastante peculiar, ELÁS BRUXAS.
Fernanda Victorello começa por soletrar o “ELÁS” para explicar a essência do nome: “o ÁS é um termo que se aplica a alguém que seja especialista em alguma coisa, é próprio da área de aeronáutica, especialmente os pilotos de caça, de combate, que sejam reconhecido pelos seus feitos são chamados de ÁS. Decidimos explorar, porque também o artigo A remete a questão do feminino”, ao “ÁS” os artistas juntaram o “EL” que resultou em ELÁS, ou seja, as mulheres revolucionárias homenageadas na exposição.
Já o BRUXAS, surgiu, explica Rodrigo Romera “por causa da ideia de que as mulheres enfeitiçavam os homens, por isso eram tratadas como pecadoras e muitas foram condenadas por isso”. Fernanda acrescenta ainda “e mesmo as curandeiras que medicavam as comunidades com ervas naturais eram tidas como bruxas, por terem conhecimentos que outras pessoas não tinham, por isso muitas mulheres foram queimadas vivas”.
Esta é uma iniciativa integrada no programa “Viver a Cultura @Tagus”, que pretende promover, mensalmente, dinâmicas artísticas no Técnico – Campus Taguspark. No âmbito do referido programa, no dia 10 de maio, terça-feira, das 13h às 14h, na sala 0.65, haverá uma apresentação musical com acordeão protagonizada pelo artista Francisco Monteiro. O evento é aberto ao público em geral.

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